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sábado, 19 de abril de 2008

Safra de feijão: Agricultores iniciam colheita


Crato. Os agricultores do Cariri iniciaram a colheita do feijão plantado em fevereiro, quando começaram as chuvas do inverno deste ano. Nesta época, é comum estender o feijão nas calçadas para secar, ou peneirar em arupembas de palhas, um hábito indígena que ainda está arraigado às tradições regionais. Apesar da forte concentração de chuvas no mês de março, a produção poderá ser maior do que no ano passado, segundo acredita o titular da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), Camilo Santana, que esteve no Cariri, no fim de semana. Ele faz a estimativa com base nas medidas adotadas pelo governo para apoiar o produtor, como redistribuição de sementes, e no aumento da produtividade por hectare.

O secretário ainda garantiu que os produtores não terão prejuízos. Eles serão recompensados com o Seguro Safra, um programa que até então era destinado aos agricultores vítimas da falta de chuvas, tomando como base o efeito cíclico da seca no semi-árido, e com o objetivo de oferecer uma renda mínima aos agricultores de base familiar, que porventura venham a ter prejuízos de 50% ou mais de suas lavouras prejudicadas pela estiagem.



Medida Provisória

Santana informou que será editada uma Medida Provisória para estender o Seguro Safra aos agricultores que perdem suas safras por danos causados por enchentes. No Cariri, segundo Camilo, dez municípios tiveram perdas acima de 50%. Esta análise será feita criteriosamente, uma vez que o índice de perdas varia de uma localidade para outra.

Ao dar a informação, o secretário informou que estava esperando uma super safra de grãos. “No entanto, se levarmos em consideração o incremento da área plantada, a distribuição de novas sementes e a produtividade, os resultados serão positivos”, afirmou.

O excesso de chuvas destruiu mais da metade do feijão plantado nas partes baixas. A avaliação preliminar está sendo realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Crato que iniciou um levantamento das perdas deste ano que aconteceram em todos os distritos deste município.

Idêntica pesquisa está sendo feita em nível regional pela Delegacia Regional da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Ceará (Fetraece) que abrange todos os municípios da região sul do Estado do Ceará.

O delegado da Fetraece, Francisco Alves, informou que ainda não tem o resultado oficial das perdas.

Na próxima semana, Alves se reúne com técnicos do governo do Estado. O objetivo do encontro é fazer uma avaliação conjunta dos prejuízos detectados nas plantações.

O líder sindical Zilcélio Alves diz que perdeu mais de 50% de seu plantio no Sítio Engenho da Serra, município do Crato. A insatisfação é geral.

Os agricultores argumentam que o problema maior foi a falta de sol, no momento da colheita, em que era para ser feita a secagem do feijão.

REPLANTIO NO CENTRO-SUL

Produtores recebem novas sementes

Lavras da Mangabeira. Aumentou nos últimos dias a pressão dos pequenos produtores rurais deste município por sementes selecionadas do programa Hora de Plantar. As águas baixaram e os agricultores que perderam a lavoura, por causa da cheia do Rio Salgado e de seus afluentes, renovaram a esperança e querem tentar um novo plantio.

Na sexta-feira da semana passada, o escritório local da Ematerce distribuiu 6500 quilos de sementes selecionadas de milho e feijão para 443 produtores de base familiar. A demanda, entretanto, não parou. Ontem, cerca de 100 agricultores estiveram no armazém usado pela Ematerce, na antiga estação ferroviária, solicitando mais sementes.

O objetivo dos pequenos agricultores é reduzir os prejuízos causados pela inundação. “A pressão por mais sementes aumentou e precisamos de mais 3500 quilos de milho e feijão para atender a demanda”, explicou o gerente do escritório local da Ematerce, Kleber Correia de Souza. “Vamos tentar encontrar sementes em outros escritórios”.

A distribuição da semana passada foi feita graças ao estoque excedente enviado por outros escritórios da Ematerce, na região Centro-Sul. A demanda de 4780 kg de sementes de milho foi atendida por Iguatu. Os agricultores querem fazer o replantio e esperam a continuidade das chuvas até junho.

De acordo com os dados do escritório local da Ematerce, a estimativa parcial da perda da lavoura em decorrência da inundação e do excesso de umidade nas áreas altas, é de 60%. “Calculamos que dois mil hectares foram atingidos e 1500 famílias prejudicadas diretamente com a cheia”, disse Kleber Souza.

Em uma reunião realizada, ontem, no escritório da Ematerce, com representantes de movimentos sociais, Kleber Souza mostrou preocupação com a limitação de tempo para o replantio. “Quanto ao feijão que tem ciclo produtivo de 40 dias ainda acho viável, mas com relação ao milho, que necessita de 65 dias e pelo menos 300 mm, pode não dá certo”, disse. “O prazo máximo para uma nova distribuição de sementes deve ser limitado até o próximo dia 18”.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lavras da Mangabeira, Caetano Primo, é a favor da distribuição de mais sementes para o replantio. “O agricultor teve prejuízo e precisa enfrentar um novo desafio para tentar reduzir a perda com a lavoura”.

Além da cheia, um fato particular contribuiu para o crescimento do prejuízo da lavoura em Lavras da Mangabeira. A estiagem ocorrida em 2006 fez com que a maioria dos agricultores, cerca de 60%, saísse das áreas altas e plantassem, neste ano, em áreas baixas. Os baixios foram inundados e o prejuízo aumentou.

Antônio Vicelmo
Repórter

Mais informações:
Fetraece
(88) 3521.1946
Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Crato
(88) 3523.3809

Fonte: Diário do Nordeste

Santuário em Juazeiro passará a ser basílica

Basílica menor. Trata-se de um título honorífico dado pelo papa a igrejas do mundo inteiro consideradas importantes pela veneração que devotam os fiéis, pela sua história, beleza artística, arquitetura e decoração. A partir de setembro deste ano, o Santuário de Nossa Senhora das Dores, em Juazeiro do Norte, passa a ter essa denominação. O anúncio oficial vai ser feito na próxima terça-feira, 22, pelo bispo diocesano do Crato, dom Fernando Panico.

"Nos dias 21 e 22 (segunda-feira e terça-feira), dom Fernando terá uma reunião com o Clero no Centro de Expansão do Crato e vai fazer o anúncio", disse ontem o administrador do Santuário, padre Paulo Lemos. O bispo, segundo o sacerdote, participou até esta semana, da reunião anual da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil em Itaici, São Paulo, e só retorna no próximo domingo ao Crato, na região do Cariri.

Padre Paulo Lemos explica que o título "santuário" é um reconhecimento da diocese, enquanto "basílica" é um reconhecimento do papa. "Em setembro, durante os festejos da padroeira Nossa Senhora das Dores (romaria da Mãe das Dores) no dia 15 de setembro, será, de fato, oficializado o título". Segundo o administrador do santuário, vão ser convidadas autoridades leigas e religiosas, entre elas, o governador Cid Gomes, bispos e até o núncio apostólico (representante do papa no Brasil), dom Lorenzo Baldisseri.

Só em Roma há 59 basílicas menores e, no Brasil, 22 igrejas têm esse título, sendo apenas uma no Ceará: a Basílica menor de São Francisco das Chagas, em Canindé. No Nordeste, igrejas receberam o título do Santo Padre em Pernambuco, na Bahia e na Paraíba. As Basílicas maiores ou basílicas patriarcais, em latim basílica major, são colocadas diretamente sob autoridade do papa, desde o século XVII. Têm privilégios especiais, contêm um altar papal e um trono papal. Nos anos santos, abre-se sua porta santa. (Colaborou Amaury Alencar)


DICIONÁRIO
Em arquitetura, basílica é um grande espaço coberto, cuja origem remonta à Grécia Helenística. O seu modelo foi largamente desenvolvido pelos romanos, sendo mais tarde adotado como modelo para os templos cristãos.

Fonte: O Povo

sexta-feira, 18 de abril de 2008

ARARIPE-CE promove mostra musical que mistura Música Erudita na Igreja com Forró ao ar livre.


ARARIPE-CE

A cidade de ARARIPE-CE dá exemplo de que a cultura musical ainda sobrevive, extraindo leite de pedra, e que nos remotos rincões desse país ainda é possível produzir-se espetáculos de fazer a Europa sentir inveja!, mas por outro lado, lamentavelmente, em atitude conservadora e tímida, demonstra que Arte ainda é artigo das elites, centrada dentro de uma igreja, e que o povão tem que se contentar com bandas de Forró do lado de fora...

Por Dihelson Mendonça

Em sua segunda edição, a II mostra Brasileira de Música Antiga promovida pela ONG Instituto Atos e diversas parcerias, foi aberta na última quarta-feira dia 16 de Abril na cidade de Araripe-CE. Serão 5 dias de apresentações musicais com características bastante diversas: Na igreja da Matriz, apresentações de música erudita, como propõe o título da mostra, será centrada na música antiga, medieval, renascentista e início do período barroco, será muito bem representada por alguns dos principais instrumentistas brasileiros, como a soprano Marília Vargas e Silvana Scarinci, que toca um instrumento chamado teorba, o duo Saga Barroca, o quarteto Zabaione Musicale, os mestres da viola da gamba Kristina Augustin e Mário Orlando, o duo Spes, o grupo medieval Cantus Firmus, e até o argentino Pablo Lerner, que reside na Hungria, fará uma apresentação com um instrumento inexistente no Brasil, chamado "viela de roda húngara", dentre outros.

Por outro lado, numa espécie de prêmio de consolação aos que não gostam do gênero, enquanto a mostra promove a música erudita em espetáculos belíssimos dentro da igreja da matriz, do lado de fora, num local chamado "Tapera" ( na verdade, um palco imenso ), acontecerá shows para o povão, com intensas apresentações de BANDAS DE FORRÓ estilo "Fábio Carneirinho", que inclusive está no evento. A pergunta que não quer calar é: "Será que não daria pra realizar uma mostra de música erudita sem ter que apelar para o famigerado forró que através de uma mídia perversa e seu cartel tem tomado TODOS os espaços do Rádio cearense num monopólio sem limites? O que há entre música Erudita e o forró ? E porque então não realizar 2 eventos em épocas separadas ? Segundo o músico, professor da URCA e especialista em música renascentista, medieval e barroca, Lamar Oliveira, o que acontece em Araripe não tem explicação à luz da verdadeira música: "Enquanto se tenta trazer um pouco de cultura musical para o povo, ao mesmo tempo, fornece espaço ( e ao ar livre ), à quase o mesmo tipo de baboseira musical a que estamos acostumados a ouvir nas Rádios FM do Ceará. Lamentável"

Este cronista não poderia concordar mais com o professor Lamar, que com sábias palavras, definiu o evento: "É como tentar unir água e óleo num mesmo recipiente. Dá-se cultura ao povo com uma mão e tira-se com a outra". Mas, por sorte não teremos "Aviões do Forró" e o Felipão com o Forró Moral na II Mostra de Música Antiga de Araripe.
...
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Mas há também pontos positivos no evento! Embora o espetáculo pelo lado da música erudita tenha se tornado elitizado, desde que centrado dentro de uma igreja, o público presente lá tem sido fiel e considerável, aliás, público muito educado, como seria de esperar pelo gênero musical a que se propõe parte da mostra. Lá estavam reunidos grande parte dos rostos conhecidos de apreciadores da cultura musical da região. Os espetáculos são muito bem organizados, tendo hora bastante definida para começo e término. No seu primeiro dia, A Segunda Mostra Brasileira de Música Antiga apresentou os mestres da viola da gamba Kristina Augustin e Mário Orlando, a soprano Marília Vargas e Silvana Scarinci, e uma bela apresentação da Orquestra Filarmônica de Araripe, composta por crianças, promovida e mantida pelo Instituto Atos, num gesto louvável que certamente vingará em músicos de excelente qualidade no futuro, tendo à frente o emérito Músico e competente Professor DI FREITAS. A noite da estréia culminou ainda com um exótico show do gênio maior da música Brasileira ( e que nada tem a ver também com música antiga ), Hermeto Pascoal, que formando um dueto inusitado e magnífico com sua companheira e musicista Aline Morena, fez um espetáculo de fazer "tirar os pés do chão" literalmente. O show de Hermeto Pascoal e Aline Morena com sua música para além de "erudita" no sentido da complexidade, e ao mesmo tempo moderna, faz parte das novas formações ( atualmente em número de 5 ) que o Hermeto tem realizado mundo afora. No espetáculo, o duo toca diversos instrumentos convencionais como a viola, o piano, o trompete, mas como a sua genialidade permite, Hermeto cria composições aproveitando-se de objetos aparentemente comuns como uma chaleira, bonecos, brinquedos, latas, e até uma piscina infantil dentre outras coisas. Ao final do espetáculo, Hermeto Pascoal decidiu só sair da igreja depois de cumprimentar e atender a todos que quisessem falar com ele. Uma fila imensa foi formada e todos puderam conversar, tomar autógrafos, receber DVDs e brindes. Houve até o caso de uma garota que pediu "qualquer coisa" que a cantora Aline Morena pudesse lhe entregar. Procurando pela sala e não vendo mais o que entregar, Aline lhe doou os seus brincos. Um outro pediu a Hermeto qualquer lembrança que fosse. Os CDs haviam se esgotado e nem havia nada mais. Hermeto não hesitou: Arrancou 3 fios de cabelos da sua barba e entregou ao garoto, que saiu todo contente com o troféu !

O Blog do Crato, ( cujo volume de acessos já ultrapassa mais de 24.000 acessos ao Mês ( e agora multiplica-se este número com a chegada de mais de 22 Sites membros da Rede Blogs do Cariri ), esteve voluntariamente presente ( sem qualquer convite oficial ) na abertura da II Mostra Brasileira de Música Antiga de Araripe, e de lá trazemos inúmeras fotos e entrevistas em vídeo representativas do evento. Que me perdoem os adoradores do Forró, nós passamos ao largo da famosa "tapera", pois afinal de contas, Arte deve ser Arte, e outra coisa é outra coisa, apesar de alguns grupos que se apresentam na "tapera" são muito bem-intencionados e ao meu ver, só estão no evento errado! Na minha opinião, organização de eventos que devem promover a arte devem ser tratados com muito mais seriedade, quando o assunto é formação de platéia para um determinado estilo musical.

Eis algumas fotos do evento:
O.B.S - Foram produzidas na data, aproximadamente 400 fotos. As pessoas fotografadas que desejarem as fotos devem procurar aqui no Blog do Crato, escrevendo comentários, que na medida do possível eu colocarei à disposição para download.

Abaixo: foto da cantora lírica Marília Vargas:

E Silvana Scarinci, na teorba:


Mário Orlando e sua Viola da Gamba:

Abaixo: foto de Kristina Augustin:


Instrumentos exóticos desfilam diante de todos com sons incríveis:

O clima é de elevação, de cultura e Arte. As estátuas parecem escutar o som produzido pelos alaúdes:

Enfim, a orquestra Filarmônica de Araripe se apresenta:


As crianças da filarmônica ensaiam para sua apresentação:


O Maestro Di Freitas rege a filarmônica de Araripe:


"Do facão à colherinha, tudo é coisa musical" - como já diz a música do Guinga, os instrumentos de Hermeto Pascoal:


O grande Gênio dá um show no seu primeiro instrumento: "O fole de 8 baixos":


A incrível Aline Morena desfila talento e prova porque merece estar ao lado do mestre Hermeto:E a noite segue, com muita alegria e musicalidade:


Os espectadores entram numa espécie de transe, levados pela música de Hermeto:


As mãos mágicas de um dos grandes gênios da Música desde Beethoven e Mozart:


E aqui, uma pequena recordação, durante à tarde, dois velhos amigos que se reencontram e conversam sobre música:


Salve, grande Hermeto Pascoal !

Fotos: Dihelson Mendonça

Matéria publicada originalmente no Blog do Crato e cedida gentilmente por Dihelson Mendonça.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Em tempo de cartão corporativo...



Charges.com.br

Conjuntivite: saiba como evitar

A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva ocular, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Em geral, ataca os dois olhos, pode durar de uma semana a quinze dias e não costuma deixar seqüelas. É normalmente bastante contagiosa.

Conjuntivite
Classificações e recursos externos
Um olho com conjuntivite viral
CID-10 H10.
CID-9 372.0-372.3
DiseasesDB 3067
MedlinePlus 001010
eMedicine emerg/110

Causas

Quando a conjuntivite aparece depois do contato com um agente químico, ela é chamada de conjuntivite irritativa. Já aquele tipo causado por pó ou perfume recebe o nome de alérgica. As duas variações da doença provocam principalmente vermelhidão e coceira, e não são transmitidas por contato. Ela pode ser ainda viral ou bacteriana, em geral mais graves e podendo ser transmitidas por contato. As virais são as que mais freqüentemente são causas de epidemias.

A contaminação do olho com bactérias ou vírus, se dá por transmissão dos mesmos pelas mãos (por manipulação do olho), por toalhas, cosméticos (particularmente maquiagem para os olhos) ou uso prolongado de lentes de contato.

Os irritantes causadores de conjuntivite podem ser a poluição do ar, fumaça (cigarro), sabão, sabonetes, spray, maquiagens, cloro, produtos de limpeza, etc.

Alguns indivíduos apresentam conjuntivite alérgica (sazonal), devido à alergia, principalmente a pólen e perfumes em spray.

Sintomas

Caracteriza-se por uma hiperémia dos vasos sangüíneos da conjuntiva, prurido, sensação de desconforto e por vezes dor

Os principais sintomas da conjuntivite são:

  • Olhos vermelhos e lacrimejantes, devido à dilatação dos vasos sanguíneos locais;
  • Inchaço (edema) do olho ou Pálpebra ,devido ao acúmulo de líquido no local;
  • Sensação de areia ou de ciscos nos olhos;
  • Aumento do lacrimejamento com a presença de secreção purulenta;
Olho afetado pela conjuntivite
Olho afetado pela conjuntivite

Recomendações

Para prevenir o contágio tome as seguintes precauções:

  • Lavar as mãos freqüentemente.
  • Evitar aglomerações ou freqüentar piscinas de academias ou clubes e praias
  • Lavar com freqüência o rosto e as mãos uma vez que estas são veículos importantes para a transmissão de microorganismos patogênicos
  • Não coçar os olhos
  • Aumentar a freqüência com que troca as toalhas do banheiro e sabonete ou use toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos
  • Trocar as fronhas dos travesseiros diariamente enquanto perdurar a crise
  • Não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro produto de beleza
  • Evitar contato direto com outras pessoas.
  • Evitar pegar crianças pequenas no colo.
  • Não use lentes de contato durante esse período.
  • Evitar banhos de sol.

Tratamento

Lavar os olhos e fazer compressas com água gelada, que deve ser filtrada e fervida, ou com soro fisiológico. Para a conjuntivite viral não existem medicamentos específicos. Cuidados especiais com a higiene ajudam a controlar o contágio e a evolução da doença. Acima de tudo, não se automedicar. A indicação de qualquer remédio só pode ser feita por um médico. Alguns colírios são altamente contra-indicados porque podem provocar sérias complicações e agravar o quadro.

Fonte: Wikipédia

Dengue: previna-se

Denomina-se dengue a enfermidade causada por um arbovírus da família Flaviviridae, gênero Flavivirus, que inclui quatro tipos imunológicos: 1, 2, 3 e 4. A dengue tem, como hospedeiro vertebrado, o homem e outros primatas, mas somente o primeiro apresenta manifestação clínica da infecção e período de viremia de aproximadamente sete dias. Nos demais primatas, a viremia é baixa e de curta duração.[1]

Provavelmente, o termo dengue é derivado da frase swahili "ki dengu pepo", que descreve os ataques causados por maus espíritos e, inicialmente, usado para descrever enfermidade que acometeu ingleses durante epidemia, que afetou as Índias Ocidentais Espanholas em 1927-1928. Foi trazida para o continente americano a partir do Velho Mundo, com a colonização no final do século XVIII. Entretanto, não é possível afirmar, pelos registros históricos, que as epidemias foram causadas pelos vírus da dengue, visto que seus sintomas são similares aos de várias outras infecções, em especial, a febre amarela[2].

Atualmente, a dengue é a arbovirose mais comum que atinge o homem, sendo responsável por cerca de 100 milhões de casos/ano em população de risco de 2,5 a 3 bilhões de seres humanos[3]. A febre hemorrágica da dengue (FHD) e síndrome de choque da dengue (SCD) atingem pelo menos 500 mil pessoas/ano, apresentando taxa de mortalidade de até 10% para pacientes hospitalizados e 30% para pacientes não tratados [2].

A dengue é endêmica no sudeste asiático e tem originado epidemias em várias partes da região tropical, em intervalos de 10 a 40 anos. Uma pandemia teve início na década dos anos 50 no sudeste asiático e, nos últimos 15 anos, vem se intensificando e se propagando pelos países tropicais do sul do Pacífico, África Oriental, ilhas do Caribe e América Latina[4].

Epidemias da forma hemorrágica da doença têm ocorrido na Ásia, a partir da década de 1950, e no sul do Pacífico, na dos 80. Entretanto, alguns autores consideram que a doença não seja tão recente, podendo ter ocorrido nos EUA, África do Sul e Ásia, no fim do século XIX e início do XX [5]. Durante a epidemia que ocorreu em Cuba, em 1981, foi relatado o primeiro de caso de dengue hemorrágica, fora do sudeste da Ásia e Pacífico. Este foi considerado o evento mais importante em relação à doença nas Américas[6]. Naquela ocasião, foram notificados 344.203 casos clínicos de dengue [3], sendo 34 mil casos de FHD [2], 10.312 das formas mais severas, 158 óbitos (101 em crianças). O custo estimado da epidemia foi de US$ 103 milhões [3].

Entre os anos 1995 e início de 2001, foram notificados à Organização Panamericana da Saúde - OPAS, por 44 países das Américas, 2.471.505 casos de dengue, dentre eles, 48.154 da forma hemorrágica e 563 óbitos. O Brasil, o México, a Colômbia, a Venezuela, a Nicarágua e Honduras apresentaram número elevado de notificações, com pequena variação ao longo do período, seguidos por Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Panamá, Porto Rico, Guiana Francesa, Suriname, Jamaica e Trinidad & Tobago. Nota-se a quase ausência de casos nos EUA, que notificaram somente sete, em 1995. A Argentina compareceu a partir de 1998 e o Paraguai, a partir de 1999. Os casos de dengue hemorrágica e óbitos acompanham a distribuição descrita acima, e parece não terem relação com os sorotipos circulantes. No Brasil, os sorotipos registrados foram o 1 e o 2. Somente no ano de 2000 registrou-se o sorotipo 3. A Guatemala notificou a circulação dos quatro sorotipos, com baixo número de casos graves e óbitos[7].

A dengue é transmitida através da picada de uma fêmea contaminada do Aedes aegypti, pois o macho se alimenta apenas de seiva de plantas. Um único mosquito desses em toda a sua vida (45 dias em média) pode contaminar até 300 pessoas.

Epidemiologia

Uma armadilha contra o Aedes aegypti, em Poá - SP.
Uma armadilha contra o Aedes aegypti, em Poá - SP.

No Brasil, existem registros de epidemias de dengue no Estado de São Paulo, que ocorreram nos anos de 1851/1853 e 1916 e no Rio de Janeiro, em 1923. Entre essa data e os anos 80, a doença foi praticamente eliminada do país, em virtude do combate ao vetor Aedes aegypti, durante campanha de erradicação da febre amarela. Observou-se a reinfestação desse vetor em 1967, provavelmente originada a partir dos países vizinhos, que não obtiveram êxito em sua erradicação [8]. Na década dos anos 80, foram registrados novos casos de dengue: em 1981 - 1982 em Boa Vista (RR); em 1986 - 1987 no Rio de Janeiro (RJ); em 1986, em Alagoas e Ceará; em 1987, em Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e São Paulo; em 1990, no Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro; em 1991, em Tocantins e, em 1992, no Estado de Mato Grosso[9].

No período de 1986 a outubro de 1999, foram registrados, no Brasil, 1.104.996 casos de dengue em dezenove dos vinte e sete Estados. Observou-se flutuação no número de casos notificados entre 1986 e 1993, seguido de aumento acentuado no número de notificações no período de 1994 a 1998, com queda em 1999.[1]

A média anual, após 1986, foi de 78.928 casos/ano, ficando acima desse valor em 1987, com 82.446 casos; em 1990, com 103.336; em 1995, com 81.608; em 1996, com 87.434; em 1997, com 135.671; em 1998, com 363.010 e 1999, com 104.658 casos.[1]

Observou-se a falta de uniformidade quanto ao modo de notificação da distribuição do número de casos, por Estado. Alguns não têm dados disponíveis, enquanto outros, como Mato Grosso, apresenta registros fragmentados, não incluindo todas as regiões. Quanto ao Estado de São Paulo, verificou-se que foram notificados os casos confirmados por exames de laboratório e, dentre os municípios, não constava o da capital.[1]

No Estado de São Paulo, a dengue foi incluída no rol das doenças de notificação compulsória, em 1986. Em 1987, foram detectados dois focos da doença na região de Araçatuba, os quais foram controlados. Na região de Ribeirão Preto, a epidemia alcançou o pico em 1991, estendendo-se pelas regiões de São José do Rio Preto, Araçatuba e Bauru, confirmando as previsões de risco crescente de ocorrência da arbovirose[10].

Em resumo, agrupando por regiões, a Sudeste foi a que registrou o maior número de casos, sendo também a de maior população e disponibilidades de recursos para diagnóstico e notificação. Seguem-se em relação à incidência de dengue as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Norte.[1]

Em 2002, novamente o Rio de Janeiro foi castigado por uma epidemia de dengue, agora com a entrada do vírus tipo 3. Mais de 400 mil pessoas contraíram a doença na cidade e 91 morreram em todo o Estado, sendo 65 na capital.Foi o ano com mais casos de dengue na história do país, concentrados no Rio de Janeiro. Em 2008 a doença volta a assustar os cariocas.Na atual epidemia, já foram registrados quase 50 mil casos da doença e 70 mortes em todo o Estado, sendo 45 somente na cidade do Rio de Janeiro.

Em 10 anos, dobrou o número de Municípios infestados pelo mosquito transmissor da dengue.
Em 10 anos, dobrou o número de Municípios infestados pelo mosquito transmissor da dengue.

Segundo dados do Ministério da Saúde, entre janeiro e setembro de 2006 foram registrados 279.241 casos de dengue o equivalente a 1 caso (não fatal) para cada 30 Km ² do território desse país. Um crescimento de 26,3% em relação ao mesmo período em 2005. A maior incidência foi na Região Sudeste do Brasil. Apesar dos números, para o Governo federal não ocorre uma nova epidemia da doença no Brasil. No entanto, medidas para combater o mosquito foram tomadas – como mapeamento de focos do Aedes aegypti e orientação à população das áreas com maior risco de infestação.

A cidade de Ilha Solteira lidera o ranking da epidemia de dengue no estado de São Paulo. Segundo dados não oficiais, Ilha Solteira com pouco mais de 26 mil habitantes conta com mais de 13 mil casos da doença com 3 mortes até o mês de março de 2007. A prefeitura da cidade não manifestou preocupação alguma e divulga na imprensa que no máximo 200 pessoas tiveram dengue e que não houve qualquer caso de morte. Tal situação causa preocupação, pois a cidade conta com mais de três mil universitários de diversas partes do país e devido a movimentação destes, espalhar a doença mais ainda.

No Brasil, a ocorrência de vitimas fatais por dengue, registrados por ano foi de 1 morte para cada 567.464 km² de solo, some-se isso ao custo de um exercito de profissionais altamente treinados para pulverizar um pó anti-larva nos ralos e vasos sanitários e do uso de veículos especiais providos de atomizadores com a missão de borrifar veneno na atmosfera das habitações dos contribuintes durante o amanhecer ou no entardecer se tem uma idéia dos interesses envolvidos, são essas cifras alarmantes que obrigam o governo federal a investir milhões de dólares no combate ao mosquito.

Recentemente, houve uma epidemia de Dengue no estado do Pará, sendo que das 7000 ocorrências no estado, 400 se deram na capital Belém. No estado, 3 pessoas se encontram sob suspeita de dengue hemorrágica, sendo que uma é do município de Tucuruí e duas são da capital Belém.

Como se pôde observar, a doença foi reconhecida há aproximadamente 200 anos e tem apresentado caráter epidêmico e endêmico variado, tendendo a agravar nos últimos anos. As mudanças na dinâmica de transmissão da dengue podem ser explicadas pela baixa prevalência do vírus até recentemente, quando houve maior disponibilidade de hospedeiros humanos. O aumento da concentração humana em ambiente urbano propiciou crescimento substancial da população viral. As linhagens, que surgiram antes das aglomerações e movimentações humanas terem inicio, tinham poucas chances de causar grandes epidemias e terminavam por falta de hospedeiros susceptíveis [2]. Entretanto, as alterações ambientais de natureza antrópica têm propiciado o deslocamento e/ou dano à fauna e flora, bem como o acúmulo de detritos e de recipientes descartáveis. Paralelamente, as mudanças nas paisagens têm promovido alterações microclimáticas que parecem ter favorecido algumas espécies vetoras, em detrimento de outras, oferecendo abrigos e criadouros, bem como a disponibilidade de hospedeiros.[1]

Aplicando-se o método de estimar taxas de substituição de nucleotídeos para calcular o tempo de divergência de populações, a partir de dados conhecidos atualmente, estima-se que os quatro sorotipos do vírus da dengue tenham surgido há cerca de 2.000 anos e que o rápido aumento da população viral e a explosão da diversidade genética tenham ocorrido há, aproximadamente, 200 anos, coincidindo com o que conhecemos por emergência da dengue em registros históricos, a saber:

  • Primeira fase: Separação do vírus dos demais flavivírus. Esta separação pode ter ocorrido há 2000 anos.
  • Segunda fase: O vírus tornou-se sustentável na espécie humana. É provável que fosse, primariamente, silvestre, circulando em macacos e mudando para doença humana com transmissão em ambiente urbano, no fim do século XVIII.
  • Terceira fase: Em meados da década iniciada em 1950 ocorreram os primeiros casos notificados da dengue hemorrágica[2].

O impacto dessa doença sobre a população humana é notado, não só pelo desconforto que causa, como pela perda de vidas, principalmente entre crianças. Na Ásia, é a segunda causa de internações hospitalares de crianças. Há, também, prejuízos econômicos expressos em gastos com tratamento, hospitalização, controle dos vetores, absenteísmo no trabalho e perdas com turismo [3][2].

O ressurgimento da dengue, em escala global, é atribuído a diversos fatores, ainda não bem conhecidos. Os mais importantes estão relacionados a seguir:

  1. as medidas de controle dos vetores de dengue, nos países onde são endêmicos, são poucas ou inexistentes;
  2. o crescimento da população humana com grandes mudanças demográficas;
  3. a expansão e alteração desordenadas do ambiente urbano, com infraestrutura sanitária deficiente, propiciando o aumento da densidade da população vetora;
  4. o aumento acentuado no intercâmbio comercial entre múltiplos países e conseqüente aumento no número de viagens aéreas, marítimas e fluviais, favorecendo a dispersão dos vetores e dos agentes infecciosos [2].

Qualquer que seja a causa, o aumento da variabilidade genética do vírus da dengue é observação que se reveste de extrema importância porque as populações humanas estão sendo expostas a diversas cepas virais, e algumas podem escapar da proteção imunológica obtida com a exposição prévia ao sorotipo. Acresce considerar que podem surgir cepas com patogenicidade e infectividade aumentadas e que populações silvestres do vírus dengue, geneticamente diferentes, quando introduzidas em populações de hospedeiros, podem desencadear epidemias. Embora as populações de vírus com seqüências de nucleotídeos conhecidas sejam esparsas, especialmente das populações africanas, encontraram-se quatro genótipos para o DEN-2 e DEN-3 e dois para o DEN-1 e DEN-4, com diversidade máxima de aminoácidos, de aproximadamente 10% para o gene E. Mesmo não se dispondo de amostras históricas para se avaliarem as possíveis alterações genéticas através do tempo, as observações mostram que a variabilidade genética está aumentando[2].

No entanto, o fator de maior preocupação é que a diversidade genética dos quatro subtipos de vírus dengue está provavelmente ligada ao crescimento da população humana, podendo aumentar no futuro. A alta variabilidade genética do vírus pode estar relacionada com o surgimento de casos graves da doença, causados, possivelmente, pelo efeito anticorpo-dependente em resposta a populações virais geneticamente diferentes[2].

Imunologia

O macaco é um reservatório do vírus. Macaco do gênero Samiri
O macaco é um reservatório do vírus. Macaco do gênero Samiri

Quando uma pessoa é contaminada por um dos 4 vírus torna-se imune a todos os tipos de vírus durante alguns meses e posteriormente mantên-se imune, pelo resto da vida, ao tipo pelo qual foi contaminado. Se voltar a ter dengue, dessa vez um dos outros 3 tipos do vírus, há uma probabilidade maior que a doença seja mais grave que a anterior, mas não é obrigatório que aconteça.

A classificação 1, 2, 3 ou 4 não tem qualquer relação com a gravidade da doença, diz respeito à ordem da descoberta dos vírus. Cerca de 90% dos casos de dengue hemorrágica ocorrem em pessoas anteriormente contaminadas por um dos quatro tipos de vírus.[carece de fontes?]

Progressão e sintomas

O período de incubação é de três a quinze dias após a picada. Dissemina-se pelo sangue (viremia). Os sintomas iniciais são inespecíficos como febre alta (normalmente entre 38° e 40º C) de ínicio abrupto, mal-estar, pouco apetite, dores de cabeça, musculares e nos olhos. No caso da hemorrágica, após a febre baixar pode provocar sangramentos nas gengivas e nariz, hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos e enfartes em vários orgãos, que são potencialmente mortais. Ocorre freqüentemente também hepatite e por vezes choque mortal devido às hemorragias abundantes para cavidades internas do corpo. Há ainda manchas vermelhas na pele, e dores agudas das costas (origem do nome, doença “quebra-ossos”).

A síndrome de choque hemorrágico da dengue ocorre quando pessoas imunes a um sorotipo devido a infecção passada já resolvida viajam e são infectadas por outro sorotipo. Os anticorpos produzidos não são especificos suficientemente para neutralizar o novo sorotipo, mas ligam-se aos virions formando complexos que causam danos endoteliais, produzindo hemorragias mais perigosas que as da infecção inicial. A febre é o principal sintoma.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito clinicamente.

As pessoas em áreas endêmicas que têm sintomas como febre alta devem consultar um médico para fazer análises sendo que o diagnóstico normalmente é feito por isolamento viral através de inoculação de soro sanguíneo (IVIS) em culturas celulares ou por sorologia esse procedimento é essencial para saber se o paciente é portador do vírus da dengue.

A definição da Organização Mundial de Saúde de febre hemorrágica de dengue tem sido usada deste 1975. Todos os quatro critérios devem ser preenchidos:[11]

  1. Febre
  2. Tendência hemorrágica (teste de torniquete positivo, contusões espontâneas, sangramento da mucosa, vômito de sangue ou diarréia sanguinolenta)
  3. Trombocitopenia (<100.000>
  4. Evidência de vazamento plasmático (hematócrito mais de 20% maior do que o esperado ou queda no hematócrio de 20% ou mais da linha de base após fluido IV, derrame pleural, ascite, hipoproteinemia).
Tratamento

O paciente é aconselhado pelo médico a ficar em repouso e beber líquidos. É importante então evitar a automedicação, porque pode ser perigosa, já que a prescrição médica desaconselha usar remédios à base de ácido acetilsalicílico (AAS), como aspirina ou outros Antiinflamatórios não-esteróides (AINEs) normalmente usados para febre, porque eles facilitam a hemorragia. Contudo, caso o nível de plaquetas desça abaixo do nivel funcional mínimo (trombocitopenia) justifica-se a transfusão desses elementos e quanto a outros remédios para a cura, ainda não existem.

Prevenção

Controle do mosquito

O controle é feito basicamente através do combate ao mosquito vetor, principalmente na fase larvar do inseto. Deve-se evitar o acúmulo de água em possíveis locais de desova dos mosquitos. Quanto à prevenção individual da doença, aconselha-se o uso de janelas teladas, além do uso de repelentes.

É importante tratar de todos os lugares onde se encontram as fases imaturas do inseto, neste caso, a água. O mosquito da dengue coloca seus ovos em lugares com água parada limpa. Embora na fase larval os insetos estejam na água, os ovos são depositados pela mãe na parede dos recipientes, aguardando a subida do nível da água para eclodirem.

Pesquisas recentes mostraram que o uso de borra de café nos locais de potencial proliferação de larvas é extremamente eficiente na aniquilação do mosquito. Cientistas da UNESP de São José do Rio Preto - Estado de São Paulo, descobriram que a larva do Mosquito da Dengue pode ser combatido através de borra de café, já utilizada. Apenas 500 microgramas são necessários para matar a larva do mosquito transmissor, sendo sugerida a utilização de 2 colheres dessa borra para cada meio copo d'água.[12]

Um dos principais problemas no combate ao mosquito é localizá-lo. Atualmente, o Ministério da Saúde Brasileiro utiliza o Índice Larvário, um método antigo, do início do século XX, cujas informações são pouco confiáveis e demoradas.

Recentemente, cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais desenvolveram um método de monitoramento do mosquito utilizando armadilhas, produto atraente, computadores de mão e mapas georeferenciados. O sistema, chamado MI Dengue, permite localizar rapidamente mosquitos nas áreas urbanas, permitindo ações de combate apenas nas áreas afetadas, com aumento da eficiência e economia de recursos.

Desenvolvimento de vacina

Ainda não há vacinas comercialmente disponíveis para o dengue, mas a comunidade científica internacional e brasileira está trabalhando firme neste propósito.

A dengue, com quatro vírus identificados até o momento, é um desafio para os pesquisadores, pois a sua vacina é mais complexa que as demais. É necessário fazer uma combinação de todos os vírus para que se obtenha um imunizante realmente eficaz contra a doença.

Pesquisadores da Tailândia estão testando uma vacina para a dengue em 3.000-5.000 voluntarios humanos após terem obtido sucesso em testes com animais e em um pequeno grupo de voluntários humanos.[13] Diversas outras vacinas candidatas estão entrando na fase I ou fase II das pesquisas.[14]

Estima-se que deve-se ter um imunizante contra a dengue dentro dos próximos anos.

O Instituto Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro anunciou que em 2012 estará disponível uma vacina para os quatro tipos de dengue.

Fonte: Wikipédia